TROCANDOIDEIA: LAÇOS DE FAMÍLIA - UFSM/09
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domingo, 13 de julho de 2008
LAÇOS DE FAMÍLIA - UFSM/09

Devaneio e embriaguez de uma rapariga - entediada com suas tarefas de mãe e esposa, uma portuguesa, casada com um rico comerciante, depois de passar um tempo na cama, sai para jantar com o marido. O excesso de bebida lhe dá uma explosão de vida, somente comprometida pela entrada de uma loira, fisicamente mais bela que ela. Mas depois de observar a cintura fina da mulher e concluir que não era adequada para o papel de mãe, volta a assumir majestosamente o seu papel feminino.
Amor - Ana, casada, dois filhos, resolve quebrar um pouco sua rotina doméstica e sai à tarde para fazer compras. No ônibus, ocorre o primeiro fato epifânico, ao observar pela janela, um cego mascando chicletes (ato maquinal feito na escuridão em comparação com a vida da protagonista). Agitada, desce no ponto errado, entra no jardim botânico e ao se deparar com árvores que tinham seus frutos sugados por parasitas, tem seu segundo momento epifânico. Enojada dos vermes - e possivelmente de sua própria condição feminina - volta para casa e continua a fazer as mesmas coisas de sempre: cuidar da casa, do marido, dos filhos, amando-os, mas agora também com um certo nojo.
Feliz Aniversário - Dona Anita, ao fazer 89 anos, tem a percepção da formalidade que reúne sua família para o aniversário. Seus filhos, noras e netos não estão ali por laços de afetividade, mas por obrigação familiar, afinal é aniversário da matriarca. Pequenos gestos, como cuspir e cortar o bolo com mãos assassinas, denotam o desagrado da velha diante da artificialidade daquele encontro forçado.
Laços de Família - Catarina, no táxi que levaria sua mãe, Severina, para a estação, está lembrando da cena patética de falsas cortesias na despedida entre sogra e genro, após duas semanas de tolerável convivência. A passagem do carro por um buraco, provoca um momento epifânico: o solavanco produz um abraço desconfortável entre uma mãe severa que se mete até mesmo na criação do neto de seis anos e uma filha que perde a identidade diante dessa figura autoritária da mãe. Despedem-se desejosas de carinhos mútuos que se perderam no tempo e não têm mais lugar naquela relação adormecida pelo distanciamento afetivo. Catarina volta a casa, pega o filho pela mão e sai a passear pelo calçadão. Vai tentar estabelecer com ele o que certamente já perdeu com a mãe.<
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