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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

MILTON HATOUM


RELATO DE UM CERTO ORIENTE é a história da volta de uma mulher, após longos anos de ausência, à cidade de sua infância, Manaus, num diálogo com o irmão distante. O romance é aqui uma arquitetura imaginária: a arte de reconstruir, no lugar das lembranças
e vãos do esquecimento, a casa que se foi e um mundo exótico e enigmático em sua estranha poesia, mas capaz de se impor ao leitor

com alto poder de convicção.
A narração remonta ao passado por lances retrospectivos, pela voz da narradora em que se encaixam outras vozes num coral coeso, lembrando a tradição oral dos narradores orientais. Temos assim, personagens fugazes, mas fortes, como Emir,jovem que transita para a morte, levando nas mãos a
misteriosa flor em que se cifra seu destino; o fotógrafo alemão Dorner, que capta o final simbólico do suicida; o leitor calado e solitário da Parisiense, velho comerciante árabe, capaz de contar histórias parecidas às das Mil e uma noites; e, sem dúvida, Emilie, matriarca e matriz de toda a vida da casa, que traz aninhado no colo a origem e fim do enredo do romance. Ela é mãe de Samara Délia, jovem que tem uma filha, fruto de uma relação clandestina – Soraya Ângela – o que a torna preterida e discriminada, principalmente por dois de seus irmãos, que não aceitam "a leviandade" da jovem. Temos assim o relato de uma volta à casa já desfeita, reconstruída pelo olhar penetrante de um observador que recompõe a história de uma busca impossível.
FIQUE ANTENTO

Relato : polifonia composta pela narrativa (carta ao irmão distante), pelas lembranças e anotações dos amigos de infância;

- Certo: espaço flutuante e vago onde velhas tradições religiosas e culturais vieram se misturar às margens da terra;

- Oriente: espaço diversificado, que abrange São Paulo, Europa e Manaus

     Rumo, direção, objetivo existencial

A narradora não tem nome – SEM IDENTIDADE – devido a perda da mãe biológica – lacuna materna- o que e leva a essa tentativa de reconstrução do passado, após ter passado um tempo numa clinica de recuperação para distúrbios mentais.

3 comentários:

Marcelo Brondani disse...

brigado ae Paulo, vo usa alguma coisa desse tua postagem sobre o livro pro meu trabalho. Eta livrinho complicado esse.

Marcelo Brondani disse...

brigado ae Paulo, vo usa algumas coisa da tua postagem desse livro pro meu trabalho. Eta livirnho complicado de entende, cruzes! É muito especifico :P

Anônimo disse...

Parabéns pelo blog, Paulo.
Uma pena eu não ter lido antes do vestiba desse ano. Mas agora já sei onde consultar para o próximo.
Além disso tem muita informação bacana.

Parabéns! Muito tri!
Abração.