Redação/ufrgs/2012
Mar, Adamastor...quantos alunos naufragaram nesse complexo tema de redação da UFRGS?!!! Certamente todos os que desconhecem a identidade, a importância cultural, social e econômica dos países lusófonos...
Literatura/ufrgs/2012
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quarta-feira, 11 de janeiro de 2012
quarta-feira, 16 de março de 2011
A METALINGUAGEM DA PRODUÇÃO TEXTUAL
O texto na cabeça, as ideias em processo de fermentação, mas parece que falta alguma coisa que não exatamente transpiração, afinal sua-se muito para escrever. Mas não é também apenas um processo de inspiração. Produzir um texto escrito é associar a um conjunto de normas pragmáticas outro processo de conhecimento que se adquire com a vivência. Temos assim a soma da racionalidade técnica com a emocionalidade crítica de nossa bagagem cultural. Muitas vezes, quando questionado por alunos de redação sobre qual a melhor fórmula para se produzir um texto, respondo que é o método TB – trovar bem – e que essa “trova” é o resultado de um adequado e necessário planejamento, aliado ao somatório de informações que vem se consolidando – ou não – ao longo de nossa formação pessoal, escolar e profissional. Quando utilizamos somente um desses processos, pecamos ou pela falta de argumentos, ou pela ausência de organização.
Costumo brincar com meus alunos que a redação não deveria ser motivo de tanta preocupação, afinal não passa de um “bilhetão” de vinte e poucas linhas, que necessita apenas de uma apresentação, um desenvolvimento e uma finalização. Mas a naturalidade dessa afirmação esbarra não exatamente na incapacidade de produção, mas na ausência do segundo processo: a quantidade e qualidade de informação. Grandes autores também se deparam com essa dificuldade e algumas vezes até fazem poesia disso: como não se lembrar de Drummond e de sua hora gasta pensando num verso que a pena não quer escrever. Assim o Carlos da poesia não é diferente do Pedro e do João da redação, e muitas vezes entre a primeira e a última dessas vinte míseras linhas forma-se um abismo de difícil transposição.
O auxílio de professores e o uso de material didático diminuem tecnicamente essa dificuldade, mas será insuficiente se for inativa a capacidade de apreensão e compreensão do mundo que nos cerca. O ato da escrita é também um processo de desnudamento do eu, de defesa de uma ideia que será motivo de apreciação pelo outro. Antes de expressar o que se pensa, está a preocupação com o que o corretor irá avaliar desse saber. E isso, obviamente, intimida, dificulta e, não raro, bloqueia a capacidade de produção. Certamente muitos leitores vão se lembrar de cenas engraçadas que vivenciaram ou presenciaram na fase escolar, quando, ao entregar um trabalho escrito, proposto em aula e sob a supervisão do professor, o aluno o coloca abaixo dos outros já entregues, certamente por já antecipar a fragilidade de seu texto. Essa falta de confiança não é exatamente ausência de informações, mas fundamentalmente insegurança na sua capacidade de realização de um trabalho escrito.
Certamente não há fórmulas mágicas que permitam capacitar um aluno a escrever. A singularidade desse processo deve fazer do professor, mais do que um corretor, um orientador. Assim, tão importante quanto como, é o que escrever. Cabe a esse orientador incutir no aluno a capacitação de discernir e filtrar informações que sustentem seu posicionamento na execução do trabalho escrito. Dessa forma torna-se possível argumentar, por exemplo, sobre a improbidade dos serviços públicos na concessão de controladores de velocidade, sem se deixar contaminar pelas cores partidárias, ou entender que a discutível qualidade da maioria dos programas televisivos é necessariamente compreender que isso é reflexo da capacidade de compreensão de parte considerável dos espectadores. Escrever, portanto, pode deixar de ser uma tarefa penosa e não precisa ser ufanisticamente algo que demande imenso prazer. Deve, isto sim, ter a inconfundível percepção, não do mundo que querem lhe mostrar, mas da realidade que entende e consegue explicar.
terça-feira, 1 de março de 2011
domingo, 27 de fevereiro de 2011
LER OU NÃO LER: EIS A QUESTÃO
LER OU NÃO LER: EIS A QUESTÃO
Ao parafrasear Shakespeare e seu conflituoso personagem Hamlet, não se está propondo a possibilidade de uma escolha, mas confrontando duas ações que definirão qualitativamente, ou não – agora sem parafrasear Caetano – o futuro de quem escolhe ler, ou não ler.
Entretanto, como essa escolha, muitas vezes, ocorre de cima para baixo, a leitura, ao invés de ser um prazer, passa a ser uma perigosa obrigação. E confundir ato com hábito de ler é o primeiro passo para fazer do conhecimento uma robotização, transformar curiosidade e descoberta em imposição maçante, que vai gradativamente construindo um não-leitor.
Mas fugir dessa possibilidade nefasta, num mundo dominado pelo apelo visual, pela instantaneidade da imagem, é uma tarefa que não começa, apenas continua na escola. Antes disso, há um fator determinante na construção efetiva de um leitor proficiente: os pais. Poder-se-ia afirmar que depende deles a resposta para nosso adaptado questionamento shakespeariano, pois seu papel nessa descoberta, nesse prazer de ler, será determinante para o despertar de um futuro leitor.
Esse papel de incentivar nos filhos a busca de um mundo fora de seu espaço habitual é inerente a todo pai ou mãe preocupados com o futuro de suas crianças. Porém, a função desse primeiro e fundamental educador deve ser permeada por aquela máxima de nossos avós: - “mais importante que falar é fazer”. Assim, esse processo de formação do leitor será bem maior, se os filhos formatarem nos pais a imagem de um efetivo leitor.
É claro que esse processo, que deve necessariamente iniciar na infância, pode ser definido e qualificado de diversas maneiras. E certamente não faltam artigos indicando fontes sobre o que realmente é importante ler. Mas o mais importante, sem desconsiderar a qualidade do que se lê, é ler. O economista Gustavo Ioschpe, em recente entrevista para uma revista de circulação nacional, afirma que alunos que leem muito – livros, revista, jornais – têm melhor desempenho.
Assim, responder a esse questionamento dualístico sobre a importância de ler, pode ser o primeiro passo para o conhecimento de um surpreendente prazer: a descoberta de você leitor!
Ao parafrasear Shakespeare e seu conflituoso personagem Hamlet, não se está propondo a possibilidade de uma escolha, mas confrontando duas ações que definirão qualitativamente, ou não – agora sem parafrasear Caetano – o futuro de quem escolhe ler, ou não ler.
Entretanto, como essa escolha, muitas vezes, ocorre de cima para baixo, a leitura, ao invés de ser um prazer, passa a ser uma perigosa obrigação. E confundir ato com hábito de ler é o primeiro passo para fazer do conhecimento uma robotização, transformar curiosidade e descoberta em imposição maçante, que vai gradativamente construindo um não-leitor.
Mas fugir dessa possibilidade nefasta, num mundo dominado pelo apelo visual, pela instantaneidade da imagem, é uma tarefa que não começa, apenas continua na escola. Antes disso, há um fator determinante na construção efetiva de um leitor proficiente: os pais. Poder-se-ia afirmar que depende deles a resposta para nosso adaptado questionamento shakespeariano, pois seu papel nessa descoberta, nesse prazer de ler, será determinante para o despertar de um futuro leitor.
Esse papel de incentivar nos filhos a busca de um mundo fora de seu espaço habitual é inerente a todo pai ou mãe preocupados com o futuro de suas crianças. Porém, a função desse primeiro e fundamental educador deve ser permeada por aquela máxima de nossos avós: - “mais importante que falar é fazer”. Assim, esse processo de formação do leitor será bem maior, se os filhos formatarem nos pais a imagem de um efetivo leitor.
É claro que esse processo, que deve necessariamente iniciar na infância, pode ser definido e qualificado de diversas maneiras. E certamente não faltam artigos indicando fontes sobre o que realmente é importante ler. Mas o mais importante, sem desconsiderar a qualidade do que se lê, é ler. O economista Gustavo Ioschpe, em recente entrevista para uma revista de circulação nacional, afirma que alunos que leem muito – livros, revista, jornais – têm melhor desempenho.
Assim, responder a esse questionamento dualístico sobre a importância de ler, pode ser o primeiro passo para o conhecimento de um surpreendente prazer: a descoberta de você leitor!
A MORTE DO CENTAURO NO JARDIM
Para onde foi nosso centauro no Jardim?
- Scliar, o que é preciso fazer para saber escrever?
- Fundamentalmente escrever.
A enganosa obviedade da resposta, dada a um vestibulando numa palestra sobre redação, define a visão objetiva de um ficcionista que tão bem soube conduzir a subjetividade da recriação da realidade em seus inúmeros contos e romances. E foi assim, escrevendo, que aquele menino, filho de uma família judia que emigrou da Rússia, no início do século XX, começou sua história de ficcionista, fusionando literatura e realidade no livro “Histórias de médico em formação”, obra publicada em 1962 e que relata suas experiências pessoais como estudante de medicina. Desde então, passou a conduzir seus leitores por um mundo fantástico, onde as palavras passam a ter múltiplos significados e, assim, nesse Ciclo das Águas, enfrentamos uma Guerra no Bom Fim, mas sempre sabendo que jamais seríamos o Exército de um homem só, porque, afinal, Scliar sempre tinha Histórias para (quase) todos os gostos e, ao final, sempre teríamos nossa Festa no Castelo. E é exatamente essa magia que nos leva a fugir desse Mês de cães danados, a buscar nas Memórias de um aprendiz de escritor a mensagem que fica do homem que se foi: “Agora não mais importa o que fizeram de ti .E sim, o que tu vais fazer com o que fizeram de ti...”
Moacyr Scliar foi certamente um ficcionista que ajudou a construir muito daquilo que sou e, certamente, é responsável por muito daquilo que você é, leitor. Ele, como afirmava o filósofo francês Georges Gusdorf, utilizou a linguagem para nos fornecer a senha de entrada no mundo humano. Entender essa magia, ajuda a dirimir a dor pela ausência do nosso Centauro no Jardim.
- Fundamentalmente escrever.
A enganosa obviedade da resposta, dada a um vestibulando numa palestra sobre redação, define a visão objetiva de um ficcionista que tão bem soube conduzir a subjetividade da recriação da realidade em seus inúmeros contos e romances. E foi assim, escrevendo, que aquele menino, filho de uma família judia que emigrou da Rússia, no início do século XX, começou sua história de ficcionista, fusionando literatura e realidade no livro “Histórias de médico em formação”, obra publicada em 1962 e que relata suas experiências pessoais como estudante de medicina. Desde então, passou a conduzir seus leitores por um mundo fantástico, onde as palavras passam a ter múltiplos significados e, assim, nesse Ciclo das Águas, enfrentamos uma Guerra no Bom Fim, mas sempre sabendo que jamais seríamos o Exército de um homem só, porque, afinal, Scliar sempre tinha Histórias para (quase) todos os gostos e, ao final, sempre teríamos nossa Festa no Castelo. E é exatamente essa magia que nos leva a fugir desse Mês de cães danados, a buscar nas Memórias de um aprendiz de escritor a mensagem que fica do homem que se foi: “Agora não mais importa o que fizeram de ti .E sim, o que tu vais fazer com o que fizeram de ti...”
Moacyr Scliar foi certamente um ficcionista que ajudou a construir muito daquilo que sou e, certamente, é responsável por muito daquilo que você é, leitor. Ele, como afirmava o filósofo francês Georges Gusdorf, utilizou a linguagem para nos fornecer a senha de entrada no mundo humano. Entender essa magia, ajuda a dirimir a dor pela ausência do nosso Centauro no Jardim.
sexta-feira, 8 de maio de 2009
A LIBERDADE DE PODER PENSAR

- Bom dia, meninos. Como está a água.
Os dois peixinhos nadam mais um pouco, até que um deles olha para o outro e pergunta.
- Água? Que diabos é isso”.
Esse diálogo entre peixes está na abertura de um discurso que o escritor americano David Foster Wallace (morto em 2008) fez como paraninfo de uma turma de formandos do Kenyon College. Justificou que não estava exercendo a função do peixe velho dando lição de moral a vários peixinhos, mas apenas exemplificando, através dessa historinha, o ponto central de seu discurso: muitas vezes a realidade mais óbvia, ubíqua e vital tende a ser a mais difícil de ser reconhecida.
Pois é exatamente nesse desconhecimento das obviedades vitais que nos cercam que reside a justificativa do governo para a implantação do novo sistema de ingresso ao ensino superior, em substituição ao vestibular tradicional. E ainda que se possa questionar a inegável intenção política do uso de um renovado Enem, bem mais importante que perceber essa obviedade fisiológica de homens que circunstancialmente exercem o poder, é reconhecer uma proposta de prova que permita ao aluno a liberdade de pensar, desviando-se da verticalidade que o obriga a memorizar fórmulas e conceitos, geralmente utilizados mecanicamente, num processo de robotização que faz desse aluno um ótimo respondedor; mas um péssimo questionador.
Para não fugir do lugar comum, é óbvio que essa repaginação não é somente da prova, mas de todo o processo que antecede a ela. Naturalmente, quando se pretende modificar um processo infértil de memorização, pela utilização de questões que cobrem do aluno a capacidade de entender e aplicar conceitos, dando-lhe autonomia para pensar, está-se também pressupondo que a orientação esteja norteada pelo mesmo principio dinâmico. Ter-se-á, assim, uma reformulação do processo de ensino, em que o X da questão moderniza-se semanticamente e, certamente, quem desconsiderar ou negligenciar essa inevitável e necessária mudança, será engolido por ela.
quarta-feira, 29 de abril de 2009
LUCÍOLA, de José de Alencar

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terça-feira, 14 de abril de 2009
ORGANIZAÇÃO DE "OS LUSÍADAS"
1. Proposição (Canto I, Estrofes 1 a 3) Apresenta os feitos da esquadra portuguesa comandada por Vasco da Gama e a própria história do povo português.
2. Invocação (Canto I, Estrofes 4 e 5) Camões invoca as musas do rio Tejo, as Tágides, para inspirá-lo na composição da obra.
3. Dedicatória (Canto I, Estrofes 6 a 18) A obra é dedicada ao rei Dom Sebastião, que representa a esperança de propagação da fé católica e continuação das grandes conquistas portuguesas।
4. Narração (Canto I, Estrofe 19 a Canto X, Estrofe 144) O objetivo do poema, que é a viagem de Vasco da Gama e as conquistas gloriosas do povo português. Destaque para os episódios : Inês de Castro, O velho do restelo e O Gigante Adamastor.
5. Epílogo (Canto X, Estrofes 145 a 156) No fechamento, a lamentação do poeta, que reclama o fato de sua rouca voz não ser escutada com mais atenção.<
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